A Confissão de Fé dos Verdadeiros Cristãos Ortodoxos
- Paróquia Axion Estin
- 3 de abr.
- 4 min de leitura

Igreja dos Verdadeiros Cristãos Ortodoxos da Grécia
Aprovado pelo Santo Sínodo em sua Quarta Sessão de 2014, em 4/17 de dezembro de 2014
A Confissão de Fé dos Verdadeiros Cristãos Ortodoxos
Parte Um
1. Creio em um só Deus, o Pai Todo-Poderoso, Criador do Céu e da Terra e de todas as coisas visíveis e invisíveis.
E em um só Senhor, Jesus Cristo, o Filho Unigênito de Deus, gerado do Pai antes de todos os séculos. Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai, por quem todas as coisas foram feitas.
Que, por nós, homens, e por nossa salvação, desceu dos Céus e encarnou pelo Espírito Santo e pela Virgem Maria e se fez homem.
E foi crucificado por nós sob Pôncio Pilatos, padeceu e foi sepultado.
E ao terceiro dia ressuscitou, conforme as Escrituras.
E subiu aos Céus, e está sentado à direita do Pai.
E virá novamente, em glória, para julgar os vivos e os mortos, e seu Reino não terá fim.
E no Espírito Santo, o Senhor, o Doador da Vida, que procede do Pai, que, com o Pai e o Filho, é adorado e glorificado, e que falou pelos Profetas.
Na única, Santa, Católica e Apostólica Igreja.
Confesso um só Batismo para a remissão dos pecados.
Espero a ressurreição dos mortos e a vida do século vindouro.
2. Além disso, abraço e aceito os Sete Santos Concílios Ecumênicos, convocados com o propósito de salvaguardar os dogmas ortodoxos da Igreja, bem como os Concílios locais que eles endossaram e confirmaram.
3. Professo todas as definições da verdadeira Fé estabelecidas pelos Santos Padres, sob a orientação da Graça iluminadora do Santíssimo Espírito, bem como os Sagrados Cânones, que esses bem-aventurados homens legaram à Igreja para a governança da Santa Igreja de Cristo e a boa ordenação dos costumes, compondo-os de acordo com as Tradições Apostólicas e a intenção do ensinamento divino dos Evangelhos.
4. Tudo o que a única, Santa, Católica e Apostólica Igreja Ortodoxa professa e ensina, isso também eu professo e creio, nada acrescentando, nada subtraindo, nada alterando, seja nos dogmas ou nas tradições, mas permanecendo fiel a eles e os aceitando com temor a Deus e em boa consciência; tudo o que Ela condena como ensino heterodoxo e repudia, isso também eu condeno e repudio para sempre.
5. Ofereço pronta obediência, em questões eclesiásticas, ao Santo Sínodo, como a mais alta autoridade da Igreja dos Verdadeiros Cristãos Ortodoxos da Grécia, que constitui a continuidade da única, Santa, Católica e Apostólica Igreja na Grécia, bem como aos Bispos e Presbíteros canônicos sob sua jurisdição.
6. Creio e confesso que a Fé Ortodoxa não é “dos homens”, mas provém da revelação de Jesus Cristo, pregada pelos Santos Apóstolos, confirmada pelos Santos Concílios Ecumênicos, transmitida pelos sapientíssimos Doutores Ecumênicos e autenticada pelo sangue dos Santos Mártires.
7. Aceito, juntamente com as decisões dos Sete Santos Concílios Ecumênicos, as do Primeiro-Segundo Concílio de 861; além disso, sustento inabalavelmente as decisões do Santo Concílio convocado por São Fócio em Constantinopla, nos anos 879-880, bem como o Tomo Sinodal do Concílio de Blachernae, em Constantinopla, em 1351, na época de São Gregório Palamas e do Santo Patriarca Calisto I, na firme convicção de que esses Concílios possuem validade e autoridade Ecumênica e Católica na Igreja Ortodoxa.
8. Além disso, dou meu assentimento e creio nas decisões dos Santos Concílios Pan-Ortodoxos reunidos em 1583, 1587 e 1593, que reprovaram e condenaram a introdução na Igreja Ortodoxa do chamado Calendário Gregoriano (Novo), promulgado pelo Papa Gregório XIII em 1582.
9. Em continuidade a isso, aceito e reconheço como documentos Ecumênicos e Católicos da Fé Ortodoxa tanto o Tomo Patriarcal de 1756, referente ao Batismo dos heterodoxos, quanto a Encíclica Sinodal de 1848 dos Santíssimos Patriarcas do Oriente, bem como o Decreto Sinodal de 1872, que condenou o filitismo.
Parte Dois
1. Considero o ecumenismo uma pan-heresia sincretista e a participação no chamado movimento ecumênico, inaugurado no início do século XX, como uma negação da genuína catolicidade e unicidade da Igreja Ortodoxa, acreditando firmemente que aquele que concorda com essa heresia e nela participa caiu da Fé e não está em comunhão com a Igreja.
2. Do mesmo modo, rejeito e de forma alguma aceito a Proclamação de 1920 do Patriarcado de Constantinopla “Às Igrejas de Cristo em Toda Parte”, visto que contém um plano completo para a implementação prática da heresia do ecumenismo e antecipa a reforma do calendário preparada pelo chamado Congresso Pan-Ortodoxo de 1923, que foi implementada na Grécia em 1924, violando, assim, as decisões dos três Concílios Pan-Ortodoxos do século XVI.
3. Em consequência do exposto, também considero apóstatas da Fé os ortodoxos que participaram da fundação do Conselho Mundial de Igrejas em 1948 e que, desde então, têm sido membros ativos e funcionais desse organismo, promovendo o ecumenismo intercristão e inter-religioso.
4. Por fim, rejeito e de forma alguma endosso, as chamadas Consultas Pan-Ortodoxas (de 1961 até o presente), que facilitaram o reprovável, inválido e insignificante “Revogação dos Anátemas entre a Igreja do Oriente e a Igreja do Ocidente” em 1965, e que, desde então, têm pavimentado o caminho, sob uma perspectiva ecumenista, para a convocação do chamado Grande Concílio Pan-Ortodoxo, com o objetivo de aceitar, ratificar e dogmatizar completamente a heresia sincretista do ecumenismo.
Kommentare