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Da Oração e do Combate Espiritual


Pelo Bispo Santo Inácio Brianchaninov (1807 - 1867)
Pelo Bispo Santo Inácio Brianchaninov (1807 - 1867)

Os Frutos da Oração Incessante.



É pela oração que o asceta alcança uma pobreza espiritual autêntica. Aprendendo a pedir sem cessar a ajuda de Deus, perde pouco a pouco sua confiança em si mesmo. Se faz algo com êxito, não vê ali sua própria conquista, mas o atribui à misericórdia divina à qual implora sem cessar. A oração incessante leva à aquisição da fé, pois aquele que ora continuamente começa gradualmente a sentir a presença de Deus. Esse sentimento se desenvolve pouco a pouco, de tal modo que o olho espiritual chega a reconhecer a Deus em Sua Providência melhor do que o olho natural vê os objetos materiais; e então o coração conhece a presença de Deus por uma experiência imediata. Aquele que viu a Deus por uma experiência imediata, aquele que viu a Deus desta maneira e sentiu assim sua presença, não pode deixar de crer n’Ele com uma fé viva que se manifestará em seus atos.



A oração incessante vence o mal mediante a esperança em Deus; conduz o homem a uma santa simplicidade, separando seu intelecto do hábito de dispersar-se em pensamentos distintos e fazer planos sobre si mesmo e sobre seu próximo, e mantendo-o sempre em uma pobreza e uma humildade de pensamentos. É nisto que consiste a formação do homem de oração. Aquele que ora sem cessar perde gradualmente o hábito de deixar vagar seus pensamentos, de estar distraído, de estar cumulado de vãs preocupações, e quanto mais profundamente se enraíza na alma esse impulso para a santidade e para a humildade, mais se perdem os hábitos precedentes. Finalmente, chega a ser como um menino, tal como o recomenda Cristo no Evangelho; chega a ser louco por amor de Cristo, ou seja, perde a falsa sabedoria do mundo e recebe de Deus uma inteligência espiritual.



A curiosidade, a desconfiança e a suspeita são igualmente destruídas pela oração incessante; a partir daí, os outros começam a parecer-nos bons, e desta transformação do coração, nasce o amor pelos homens. Aquele que ora sem cessar permanece constantemente no Senhor, reconhece o Senhor como Deus, adquire o temor de Deus do qual nasce a pureza, e esta dá nascimento ao amor divino. O amor de Deus o enche com os dons do Espírito Santo, do qual é ele templo.




Duas Etapas na Oração; O Martírio Interior.



Quando se inicia a vida de oração se ora unicamente por esforço pessoal. Durante este período, sem nenhuma dúvida, a graça de Deus vem em ajuda de qualquer um que ore com sinceridade, mas não revela sua presença. Durante este período as paixões ocultas no coração entram em jogo e conduzem ao que ora a um verdadeiro martírio no qual vitórias e derrotas se alternam sem parar, e tanto a livre vontade como a debilidade do homem são claramente postas em evidência.



No segundo período, a graça de Deus faz sentir sua ação e sua presença de maneira sensível, unindo o intelecto ao coração e fazendo possível uma oração sem sonhos, nem distrações, feita com um coração pleno de calor e lágrimas. Nesse estágio, maus os pensamentos perdem sua força e cessam de dominar o espírito.



A primeira etapa na vida de oração pode ser comparada às árvores secas pelo inverno; a segunda, a essas mesmas árvores cobertas de folhas e de botões pelo calor da primavera. Nos dois casos, o arrependimento deve ser a alma e o fim da oração. Em recompensa pelo arrependimento que o homem Lhe oferece enquanto avança, todavia, por seu próprio esforço, Deus o concede, quando o quer, um arrependimento cheio da graça divina. E o Espírito Santo, uma vez que penetrou o homem, intercede nele com gemidos inefáveis... Intercede a favor dos santos segundo a vontade de Deus que só Ele conhece (Romanos 8, 26-27).



De tudo isto, se ressalta claramente que as tentativas do iniciante de alcançar o lugar do coração, ou seja, acender em si mesmo, prematuramente, a ação sensível da graça, constitui um grave erro que inverte a ordem requerida e a estrutura lógica da ciência da oração. Uma tentativa semelhante é orgulho e loucura. Não é bom para um iniciante utilizar as práticas que os Santos Padres aconselham para os monges experimentados e para os hesicastas.




As Ilusões do Demônio, A Graça de Deus, e Como Distingui-las.



Que ninguém, escutando a um pecador fazer o relato das grandes coisas realizadas pela ação do Espírito , vacile nem se perturbe, pensando que a ação  que ouve falar é obra dos demônios, uma ilusão. Ele deve rechaçar esses pensamentos blasfemos. Não e não! A ação da ilusão não se manifesta desse modo. Diga-me: é possível ao demônio, o inimigo, o assassino de nossa raça, converter-se em médico? Poderia o demônio refazer a unidade entre as partes e as potências do homem que foram dispersadas pelo pecado, libertá-lo de sua dominação e fazê-lo sair do estado de contradição e de guerra intestina para leva-lo à santa paz de Deus? Poderia o demônio libertar o homem do abismo de sua ignorância e comunicar-lhe um conhecimento vivo de Deus fundado sobre a experiência e não sobre as provas vindas do exterior? Poderia o demônio pregar e ensinar em detalhes o que concerne ao Salvador; pregar e ensinar como, pelo arrependimento, podemos aproximar-nos d’Ele? Poderia o demônio refazer no homem a imagem original e restabelecer sua semelhança com Deus, a que o pecado alterou? Poderia elevar o homem até a comunhão com Deus, uma comunhão na qual ele chega a ser como se não existisse, sem pensamentos, sem desejos, inteiramente submergido no silêncio maravilhoso? Esse silêncio é a absorção de todas as potências do ser humano que são, então, inteiramente voltadas para Deus e desaparecem, de algum modo, diante Sua eterna majestade.



A ilusão atua de uma maneira, e Deus de outra diferente. O Amo todo poderoso do homem foi e segue sendo seu Criador. O que criou e cria novamente, não conserva todo Seu poder? Escuta irmão bem amado, como se distingue a ilusão da ação. A ilusão, quando se aproxima do homem, seja em pensamento o em sonho, por alguma ideia sutil ou por alguma aparição perceptível aos olhos do corpo, não se apresenta jamais como um amo absoluto, mas como um encantador que busca fazer-se aceitar pelo homem, para exercer sobre ele seu domínio. A ação da ilusão seja que se manifeste por fora ou no interior do homem, vem sempre do exterior; o homem pode rechaçá-la. A ilusão deixa sempre subsistir a princípio certa dúvida no coração; somente aqueles a quem ela já conquistou inteiramente a aceitam sem vacilação; a ilusão não refaz jamais a unidade no homem dividido pelo pecado, não detém as rebeliões do sangue, não conduz o asceta ao arrependimento, nem o menospreza diante seus próprios olhos; pelo contrário, inflama sua imaginação, reforça os impulsos das paixões, o propicia uma alegria insípida e envenenada e o adula insidiosamente, inspirando-lhe o contentamento de si mesmo e instalando em sua alma um ídolo, o "Eu".




A União do Intelecto e do Coração e Sua Imersão em Deus.



A ação divina não é algo material; ela é invisível, inaudível, inesperada, inimaginável e inexplicável por meio de analogias tomadas deste mundo. Sua chegada e seu trabalho em nós são um mistério. Começa por revelar ao homem seu estado de pecado e lhe põe diante dos olhos o horror ao mal; o leva a condenar-se a si mesmo, lhe mostra sua decadência, esse terrível e sombrio abismo de destruição no qual caiu por efeito do pecado de nosso primeiro pai. Em seguida, pouco a pouco, a ação divina produz nele uma atenção acrescentada e a contrição do coração na oração. Havendo preparado assim o coração do homem, toma as partes divididas e, com um ato repentino, inesperado e imaterial, as restabelece na unidade. O que é o que as tocou? No poderia explicá-lo. Eu não vejo nada, nem escuto nada, mas sei e sinto em mim uma transformação repentina, devida a uma ação todo-poderosa. O Criador acaba de atuar, para renovar, como atuou uma primeira vez para criar. Diga-me se o corpo de Adão, formado do pó, jazendo diante seu Criador, todavia, tinha uma noção da vida e a sentia de algum modo. Quando foi repentinamente vivificado pelo sopro de vida, teria podido perguntar-se se ia aceitar esse dom? Adão criado sentiu-se repentinamente vivo, pensante, dotado de desejo. A recriação do homem se produz da mesma maneira repentina. O Criador foi e segue sendo o Amo Absoluto; atua com autoridade, de uma maneira sobrenatural, mais além de toda concepção e de todo pensamento, com uma sutileza infinita. Atua espiritualmente e não materialmente.



Tocou com Sua mão meu ser todo, inteiro, e meu espírito, meu coração e meu corpo foram unidos, compondo um todo único e simples. Foram submergidos em Deus e permanecem n’Ele, enquanto uma mão invisível, incompreensível e todo-poderosa os retém ali.




A União com o Senhor.



Todo verdadeiro cristão deve recordar sempre, e não esquecer jamais, que o mais necessário para ele é estar unido a nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, com todo seu ser. Que o Senhor habite seu intelecto e seu coração, e que assim comece a viver a vida de Cristo. O Senhor tomou nossa carne e nós devemos à nossa vez, tomar Sua carne e Seu Espírito Santíssimo, fazendo-O nosso e aderindo-nos a Eles para sempre. Apenas uma união semelhante com nosso Senhor nos dará esta paz e esta boa vontade, esta luz e esta vida que perdemos no primeiro Adão e que são renovadas atualmente pelo segundo Adão. O Senhor é, depois da comunhão de Sua carne e de Seu sangue, a Oração interior de Jesus.




O Papel dos Métodos Mecânicos.



O que é essencial e indispensável na oração é a atenção. Não pode haver oração sem atenção. A verdadeira atenção vivificada pela graça, vem da mortificação do coração que rechaça o mundo. Os métodos mecânicos são sempre secundários; são meios, não um fim. Os próprios Padres que recomendam introduzir a atenção no coração unindo-a a respiração, dizem que, quando o intelecto tomou o hábito de estar unido ao coração - ou, mais exatamente, quando esta união se cumpre pelo dom e a ação da graça-, o intelecto não tem já nenhuma necessidade do auxílio desses métodos mecânicos, mas que se une ao coração por si mesmo, por seu próprio movimento.




Encontrar o Lugar do Coração.



Quando lemos nos escritos dos Padres algo que se refere ao lugar do coração, que o intelecto descobre pela oração, devemos compreender que falam da faculdade espiritual que existe no coração. Colocada pelo criador na parte superior do coração, esta faculdade espiritual é o que distingue o coração do homem daquele dos animais. Estes têm, com efeito, como o homem, a faculdade de querer e desejar, de experimentar ciúmes ou cólera. A faculdade espiritual que está no coração se manifesta - independentemente do intelecto - na consciência de nosso espírito, nos sentimentos de arrependimento, de humildade, de doçura, na contrição do espírito, ou na profunda lamentação por nossos pecados e em outros sentimentos de ordem espiritual; contudo, tudo isto é estranho aos animais. A faculdade intelectual na alma do homem, ainda que espiritual, se encontra no cérebro, ou seja, na cabeça; igualmente, a faculdade espiritual que chamamos o espírito do homem, ainda que seja espiritual, se encontra na parte superior do coração, perto do mamilo esquerdo e um pouco acima. Assim, a união do intelecto e do coração é a união dos pensamentos intelectuais da inteligência com os sentimentos espirituais do coração.




Um Sentimento de Calorosa Ternura.



É essencial que no momento da oração, o intelecto esteja unido ao espírito e que ambos recitem juntos a oração; mas enquanto o intelecto trabalha com palavras, pronunciadas mentalmente ou em voz alta, o espírito atua por um sentimento de calorosa ternura ou pelas lágrimas. A união de ambos está regulada segundo o tempo determinado pela Graça Divina; mas para o principiante, basta que o espírito simpatize e atue com o intelecto. Se a atenção é mantida pelo intelecto, o espírito sentirá rapidamente um verdadeiro calor e ternura. O espírito é às vezes chamado coração, como também o espírito é às vezes, chamado cabeça.




Oração do Intelecto, do Coração e da Alma.



A oração é chamada "do intelecto", quando é recitada pelo intelecto com uma atenção e a simpatia do coração. É chamada "oração do coração" quando é recitada pelo intelecto unido ao coração, quando o intelecto desce ao coração e ora em suas profundezas. A oração é chamada "oração da alma", quando surge da alma toda, inteira, com a participação do próprio corpo, quando é oferecida pelo ser inteiro que se converte, por assim dizer, no meio de expressão da oração.



Em seus escritos, os Santos Padres incluem frequentemente, sob o nome de "oração do intelecto" ou "oração mental", a oração do coração e a da alma. No entanto, às vezes as distinguem. É assim como São Gregório, o Sinaíta, disse: "Chamai a Deus sem cessar com o intelecto, ou com a alma". Mas em nossos dias, em que há pouco ensinamento oral sobre esse tema, convém conhecer as diferentes definições. Para alguns, é a oração do intelecto a que se revela como mais ativa; para outros, a do coração; para alguns outros, a da alma. Tudo isto depende do dom outorgado a cada um, por natureza ou graça, pelo Doador de todo bem. Sucede também que, no próprio asceta, prevalece, e inclusive na maioria dos casos, esta oração está acompanhada de lágrimas.




Cumprir os Mandamentos Antes e Depois da União do Intelecto e do Coração.



Não se cumpre com os mandamentos, antes da união do intelecto e do coração, como se cumpre depois. Antes desta união, o asceta apenas cumpre os mandamentos com muito esforço, pois lhe é necessário forçar e vencer sua natureza caída; mas uma vez que esta união se realizou, a força espiritual que une o intelecto ao coração, o impulsa por si mesmo a cumpri-los e torna o esforço fácil e agradável: "Corro pelo caminho de Teus mandamentos, pois Tu, meu coração dilatas" (Salmo 118, 32).




O Essencial na Oração.



O que é essencial durante a oração, é unir o intelecto ao coração. Isto não pode alcançar-se mais que pela graça de Deus e no tempo determinado por Ele. As técnicas são vantajosamente substituídas por uma recitação pacífica da Oração. É necessário fazer uma breve pausa entre cada invocação, a respiração deve ser calma e suave, e o intelecto deve permanecer preso nas palavras da oração. Por esse meio, se pode facilmente alcançar certo grau de atenção. Muito rapidamente o coração começa a sentir-se em simpatia com a atenção do intelecto enquanto ora: começa então a existir acordo entre o coração e o intelecto e, pouco a pouco, esse acordo se transformará em união do intelecto e do coração: desse modo, a maneira de orar recomendada pelos Padres se estabelecerá por si mesma. Os métodos mecânicos e corporais nos foram propostos, unicamente, como meios de alcançar fácil e rapidamente a atenção na oração, jamais como algo especial.




Leitura Espiritual: Os Autores Russos São Mais Acessíveis Que os Gregos.



Todos os escritos dos Padres gregos são dignos do maior respeito por causa da graça abundante e da sabedoria espiritual que contêm e exalam. No entanto, os escritos dos Padres russos são mais acessíveis por causa da clareza e da simplicidade de suas exposições e também porque são mais próximos a nós no tempo. Os escritos do staretz Basílio são os primeiros que deveríamos ler, aqueles que desejam praticar com êxito a oração. É, além disso, para isso, que o staretz os compôs, e é por isso que os chama “introduções” ou "estudos preliminares" à leitura dos Padres gregos.




A Outra Margem do Jordão.



A prática da Oração de Jesus alcança seu cume quando chega à oração pura, a que é coroada pela apatheia ou perfeição cristã, dom de Deus, que Ele estabelece a esses lutadores espirituais quando quer.



Santo Isaac, o Sírio, disse: "Poucos recebem o dom da oração pura. Apenas se encontra em cada geração uma só pessoa que alcança o mistério cumprido na oração pura e que, pela graça e o amor de Deus, alcança a outra margem do Jordão".




Os Adversários da Oração de Jesus.



Algumas pessoas espalharam um desprezível preconceito contra a Oração de Jesus, ainda que careçam de conhecimento pessoal que provenha de uma correta e longa prática da oração. Para essas pessoas, teria resultado mais seguro e mais sensato absterem-se de pronunciar um juízo sobre o tema: haveriam medido sua ignorância completa a respeito desta tarefa sagrada, em lugar de tomarem sobre si a missão de pregar contra a prática da Oração de Jesus e denunciar essa santa Oração como causa de ilusão diabólica e perdição da alma. Devo dizer, em forma de advertência, que condenar a Oração que utiliza o Nome de Jesus e atribuir a esse Nome um efeito prejudicial é tão violento como a condenação dos milagres de nosso Senhor pronunciada pelos fariseus. Essa teoria ignorante e blasfema contra a Oração de Jesus, tem todas as características de uma pseudofilosofia herética.




Conduz à ilusão a prática da Oração de Jesus?



Há pessoas que afirmam que a Oração de Jesus é seguida de ilusões, sempre, ou quase sempre, e, portanto, proíbem sua prática.



Admitir semelhante ideia e defendê-la constitui uma terrível blasfêmia, uma ilusão de um caráter totalmente deplorável. Nosso Senhor Jesus Cristo é a fonte única de nossa salvação, o único meio pelo qual podemos ser salvos e Seu Nome humano recebeu de Sua divindade um poder santo e ilimitado para salvar-nos. Como poderia esse poder que opera nossa salvação, o único poder que dá a salvação, ser desnaturalizado e atuar para nossa perdição? Semelhante sugestão é absurda. É um triste sem-sentido, blasfemo e destrutor. Aqueles que seguem este raciocínio estão verdadeiramente ludibriados pelo demônio e abusam de uma dialética falsa que provém de Satanás.



Examinai as Santas Escrituras: encontrareis por todas as partes o nome do Senhor Jesus Cristo glorificado e a seu poder de salvação exaltado. Estudai os escritos dos Santos Padres e vereis que todos, sem exceção, propõem e aconselham a prática da Oração de Jesus, designando-a como uma arma mais poderosa que nenhuma outra no céu e sobre a terra, um dom de Deus, uma herança inalienável, um dos legados mais preciosos e mais elevados do Deus-Homem, um consolo dulcíssimo e cheio de amor, um penhor seguro. Enfim, ide aos decretos canônicos da Igreja Ortodoxa Oriental, e verás que, para seus filhos iletrados, monges ou leigos, a igreja estabeleceu a recitação da Oração de Jesus, como suprimento da leitura dos salmos e das orações que se devem dizer na cela ou na habitação de cada um. Que peso, então, se pode dar aos conselhos de algumas pessoas cegas, levadas até as nuvens e aplaudidas por outras também cegas, em comparação com o testemunho unânime das Santas Escrituras, de todos os Santos Padres e dos decretos canônicos da Igreja, com respeito a oração de Jesus?




A Ilusão é Daqueles Que NÃO praticam a Oração de Jesus.



Existem boas razões para olhar como erro ou ilusão, o estado interior desses monges que, tendo rechaçado a prática da Oração de Jesus e o trabalho interior em geral, se contentam com orações exteriores -assistência assídua aos Serviços da Igreja e observância estrita de uma regra de orações privadas consistente exclusivamente na recitação de salmos e orações vocais. Não podemos deixar de estarmos imbuídos de nós mesmos como o explica o staretz Basílio. Esse é precisamente o sinal do espírito imbuído de si mesmo: aqueles que têm esse defeito chegam a considerar-se que levam uma vida de zelo, e frequentemente, por orgulho, desprezam aos demais. A oração verbal e vocal é certamente útil quando está ligada à atenção, mas isto apenas sucede muito ocasionalmente, pois é, sobretudo, a Oração de Jesus a que nos ensina a conservar nossa atenção.


Folleto Misionero # S

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Editor: Obispo Alejandro (Mileant)







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Pároco da paróquia Axion Estin em Sorocaba e, responsável pela igreja GOC no Brasil, missionário da comunidade São João Maximovich em Curitiba e da Paroquia Nossa Senhora da Proteção na Pedreira -São Paulo SP.

"Sou um sacerdote ortodoxo e busco fiéis comprometidos com a Santa Fé, livres das heresias propagadas por aqueles que a desconhecem ou a deturpam intencionalmente. Como membro da Genuína Igreja Ortodoxa da Grécia, preservamos  fielmente a Santa Tradição e os Santos Cânones, incluindo as decisões dos Santos Concílios que anatematizam as alterações no calendário litúrgico. Seguimos a determinação do Concílio de Niceia sobre o Menaion e o Pascalion, bem como as resoluções dos Concílios Pan-Ortodoxos de 1583, 1587, 1593 e 1848."

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