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Seguindo Cristo

  • kaleb854
  • 16 de out. de 2024
  • 12 min de leitura

Ascetismo

- Quem o concebeu?

Na antiga literatura cristã, existe uma notável história de um jovem de 18 anos, chamado Antão. Ele viveu entre o 3º e o 4. Séculos, época em que o paganismo ainda era uma força dominante no mundo. Seus pais eram piedosos cristãos egípcios, que o educaram bem, ensinando-lhe a importância da fé cristã, oração e serviços divinos.

Caminhando para a igreja, Antão sempre meditava sobre as vidas dos apóstolos: como deixaram tudo para seguir a Cristo. Um dia, após entrar na igreja, Antão ficou impressionado quando o diácono, em voz alta, leu as seguintes palavras do evangelho, que pareceram ditas diretamente para ele: "Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens, dá aos pobres e terás um tesouro nos céus. Depois, vem e segue-me" (Mateus 19:21). Antão logo doou sua herança, deixou sua casa, e foi para o deserto servir a Deus em paz e completa solidão.

É difícil descrever a extensão das dificuldades que o corajoso jovem enfrentou nos selvagens desertos do Egito. Ele teve fome e sede, frio e calor. A pior tentação era a saudade da vida que levava. Somado a isso, tentações demoníacas e terrores atingiram diretamente sua alma. De vez em quando, ele quase voltava para o mundo, cedendo à tentação; mas, com uma profunda fé na ajuda de Deus, ele venceu essas tentações.

Depois de vinte anos só, alguns amigos de Antão descobriram onde ele estava e foram visitá-lo, porém pensando encontrá-lo fraco, prestes a morrer, ou débil mentalmente. Mas, ficaram surpreendidos ao vê-lo completamente saudável e sem nenhum traço de exaustão física. Ele tinha uma paz na alma que era evidente até no seu olhar! Calmo, reservado e amável com todos, Antão os cativou com seu amor, sensibilidade e sabedoria espiritual. Seus amigos voltaram as suas casas encorajados e espiritualmente renovados.

As notícias sobre o corajoso jovem se espalharam por todo o Egito. As pessoas aglomeravam perto dele em grande número. Alguns pedindo ajuda e aconselhamento, outros para se enriquecerem com a graça que ele irradiava; outros, passaram a morar com ele, imitando seu estilo de vida monástico. Assim, em meados do quarto século, Santo Antão criou um enérgico movimento monástico, que se espalhou através do Egito até o Oriente Médio, Bizâncio. Depois o Ocidente, e por fim a Rússia.

O monaquismo influenciou bastante a Igreja Ortodoxa, seja pelos inúmeros escritos sobre espiritualidade/ascetismo, seja pelas normas litúrgicas (conhecidas como typicon), seja desenvolvendo o ciclo de serviços para a quaresma e dias de festa, seja embelezando o culto com gloriosas preces e cantos. Apenas os primeiros mártires cristãos superam os monges no número de santos.

A vida monástica não é para todos, mas antes para aqueles que, como Santo Antão, o Grande, desejam viver apenas para Deus, abandonando o vazio espiritual dos negócios do dia-a-dia e o mal que domina a vida secular. Os monges são chamados intimamente para servir somente a Deus. Em sua essência, o Monastério existe para criar condições para um proveitosa vida espiritual, assim pode-se adquirir perfeição espiritual e unidade com Deus. Neles, a sabedoria do mundo é colocada de lado, pois preces, espiritualidade e o mais relacionado ao divino sempre vêm em primeiro lugar.

Grande parte da sociedade cristã do Ocidente cresceu em meio a um tipo de cristianismo mascarado (neo-cristianismo) ou mesmo sem contato com o cristianismo. Por causa dessa má compreensão do verdadeiro cristianismo, a maioria não julga o monaquismo favoravelmente. Por exemplo, os protestantes dizem que a salvação vem pela fé somente, e consideram inúteis embates espirituais. Mas a renovação do homem e a imitação do Cristo está no âmago do cristianismo: "Se alguém está em Cristo, nova criatura é" (2 Cor 5:17).

Jesus mesmo santificou todos os elementos básicos da vida monástica: pobreza voluntária, celibato, jejuns rigorosos, prece contínua e vida no deserto (real ou alegórico). Por isso mesmo, após seu batismo, no Jordão "o Espírito O guiou ao deserto" (Marcos 1:12), e lá ele passou 40 dias jejuando e enfrentando as tentações de satanás. É importante notar que Jesus foi ao deserto não somente por vontade própria; Ele foi levado pelo Santo Espírito que desceu sobre Ele no momento do batismo. "Então Jesus voltou para a Galiléia cheio da força do Espírito e sua fama correu por toda a região" (Lc 4:14). Na austeridade do jejum absoluto, prece solitária e combate às tentações, a natureza humana de Cristo alcançou o ápice da fortaleza espiritual. Para mantê-la, o Senhor, durante seu ministério entre os homens, partia de tempos em tempos para a solidão, para rezar através da madrugada (cf. Mt 14:23; Mc 1:35; Lc 5:6).

Imitação de Cristo

"Deste modo, cercados como estamos de uma tal nuvem de testemunhas, joguemos fora todo peso e o pecado que nos assedia. Corramos com perseverança para o combate que nos cabe, de olhos fitos no autor e consumador da fé, Jesus. Em vista do gozo, que se lhe oferecia, suportou a cruz sem fazer caso da ignomínia e está sentado à direita do trono de Deus" (Heb. 12:1-2).

Cristo - o ideal de Perfeição. Nos melhores momento da vida, quando estamos inspirados para viver uma boa vida, amar a todos e a tudo, fazer boas coisas, não podemos encontrar melhor exemplo a seguir que nosso Senhor Jesus Cristo. Os mais dignos homens de todas as épocas, profetas, apóstolos, mártires, ascetas e outros campeões da fé, todos brilham com a beleza da fé que vêm de sua imitação de Cristo. "Pois todos vós que fostes batizados em Cristo, revestiste-vos de Cristo" (Gal 3:27; veja também 4:19). Assim como o arco-íris exibe diferentes cores, reflexos dos raios do sol, cada cristão deveria refletir a beleza espiritual do Cristo.

Cada um de nós pode imitar Cristo da seguinte maneira:


  • Querendo que todo os nossos pensamentos, desejos, palavras e ações sejam direcionadas à glória de Deus, com profundo amor por Ele brotando do fundo de nosso coração, desejando estar n'Ele.



  • Tentando fazer tudo o que Deus aprova e ordena, em completa obediência a Ele, rejeitando tudo o que Ele proíbe, mesmo se sacrificando-nos para sermos fiéis.



  • Vivendo humilde, honesta e castamente, moralmente puros e sem escândalos, trabalhando para crescer espiritualmente através de boas ações.



  • Tendo compaixão pelas pessoas e suas dificuldades, aceitando suas falhas como nossas próprias falhas, sua felicidade como nossa felicidade, estando prontos a ajudar os que necessitarem, mesmo em prejuízo próprio.



  • Cultivando amor por todas as pessoas - não por aqueles com quem simpatizamos ou que são bons para nós, mas mesmo por nossos inimigos - e com humildade. Aceitando insultos e injustiças, e perdoando-os, assim como Jesus nos perdoa.



  • Orando sem cessar: "Estando em agonia, rezou mais intensamente. E seu suor tornou-se como espessas gotas de sangue a escorrer pelo chão" (Lucas 22:44).


Para uma pessoa presa ao mundo, sem compreensão espiritual, tais coisas podem parecer acima de sua capacidade. Se formos a fundo, perceberemos que a dificuldade é essencialmente ligada à nossa natureza, maculada pelo pecado original, e não por causa dos atos em si. Isso mesmo! Os anjos no céu vivem em virtude e cumprem todos os mandamentos de Deus naturalmente, sem dificuldade em com grande alegria. Se fôssemos puros e sem pecado, como Deus nos criou, seria fácil e agradável vivermos como eles. Mas o pecado destruiu a harmonia entre o corpo e a alma, entre o físico e o espiritual. Nosso corpo sofre desejos desordenados, corrompido e subordinado ao tirânico governo de nossa natureza decaída. Tudo isso é mais facilmente dito que feito, desde que o homem caiu escravo do pecado e do demônio. Só através do filho de Deus, que aceitou nossa natureza humana para nos resgatar, podemos nos libertar do pecado e voltar a ser semelhantes a Deus.

Mesmo Jesus sofreu o infortúnio da natureza humana, vivendo uma vida difícil e morrendo por nós. Este caminho é um exemplo para seus virtuosos seguidores, que se esforçam para viver dignamente numa sociedade egoísta, pecaminosa e mesmo teomachista. Ele fez tudo aquilo pra nos mostrar o caminho da salvação e regeneração espiritual. Por sua graça, ele nos ajuda a cada passo, Ele nos dá força e coragem. Ele tira nossos pecados, dos quais não podemos escapar com nossas próprias forças. O obstáculo para regeneração espiritual está dentro de nós - nós somos o maior obstáculo para nossa própria salvação.

Apesar dos pecados, não devemos desesperar. Todos os santos falharam e sofreram todo tipo de tentação: quando caíam, levantavam-se de novo pelo arrependimento. É maravilhoso que com a ajuda de Deus, eles alcançaram níveis espirituais elevados, juntando sabedoria e experiência para ajudar outros a segui-los no caminho da regeneração espiritual. O Senhor mesmo quis dar provas de que eles seguiam a verdade, ao dar-lhes o Dom dos milagres e da previsão do futuro. Pobres, ricos, camponeses, reis, estudiosos e escravos compõem esta multidão de santos, todos tendo uma coisa em comum: o desafio cristão. Todos passaram pela porta estreita criada por Cristo, todos voluntariamente se abstiveram do prazer carnal a eles oferecidos, e todos "crucificaram a carne com suas paixões e desejos" (Gal 5:24 e Rom 6:6).

Tomemos como exemplo a valorosa e corajosa vida do apóstolo São Paulo. Notas autobiográficas estão espalhadas através de seus escritos, que nos permitem entender seus profundos motivos e esforços. A missão que Deus lhe confiou requeria renúncia total de si mesmo. Dado que Paulo enfatizou a fé, pode parecer ao olhar alheio que proezas espirituais não fossem necessárias. Os protestantes sempre usam os escritos de Paulo como evidência do que eles erradamente ensinam, ou seja, de que a desafio espiritual é desnecessário, pois dizem que a fé é suficiente para a salvação. No entanto, segundo suas própria palavras, Paulo freqüentemente se encontrava "em trabalhos e fadigas, repetidas vigílias, com fome e sede, freqüentes jejuns, frio e nudez" (2 Cor 11:27). Para conscientemente crescer, Ele "treinava" continuamente com exercícios espirituais, vivendo a vida como se estivesse competindo em Olimpíadas. "Não sabeis," escreve em sua primeira carta aos coríntios, "que os que correm no estádio correm todos, mas só um alcança o prêmio? Correi, pois, de modo que o alcanceis. E quem se prepara para a luta abstém-se de tudo, e isso para alcançar uma coroa corruptível; porém nós, para alcançarmos uma incorruptível. E eu corro, mas não vou sem direção; eu luto, mas não como quem dá socos no ar. Porém castigo meu corpo e o domino, para que não suceda que, tendo sido arauto para os outros, venha eu a ser reprovado" (1 Cor 9:24-27).

Evidentemente, ele viveu assim por considerar ainda não ter alcançado o cume da perfeição espiritual; portanto, ele sabia que era chamado a consegui-la. "Não pretendo dizer que já alcancei e cheguei à perfeição. Mas eu corro para alcançá-la uma vez que também eu fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, consciente de não tê-la ainda conquistado, só procuro uma coisa: esquecendo o que fica para trás, lanço-me em perseguição do que fica para frente, corro para a meta, para a coroa da vocação nas alturas de Deus em Cristo Jesus. E todos nós que nutrimos o ideal da perfeição, tenhamos estes sentimentos. E, se em alguma outra coisa tendes outro sentir, Deus vos há de esclarecer. Em todo caso, seja qual for o ponto já alcançado, o que importa é prosseguir no mesmo rumo. Irmãos, sede meus imitadores e olhai para quem vive segundo o modelo que vos demos" (Filipenses 3:12-17).

Sem dúvida, o apóstolo Paulo entendeu o verdadeiro cristianismo bem melhor que muitos líderes de seita contemporâneos. Se voluntariamente tornou-se escravo dos desafios, foi por saber serem necessários ao crescimento espiritual. "Eu vos exorto, pois, irmãos, pela misericórdia de Deus, que vos ofereçais como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Este é o vosso culto espiritual" (Romanos 12:1). Ele escreveu muito a seus contemporâneos cristãos exortando-os a seguirem seu modo de vida. (Fil. 3:17; 2 Tess 3:7; Hebreus 13:7).

Seríamos espiritualmente perfeitos se fôssemos livres das deficiências do pecado e da paixão, imunes de toda tentação, totalmente comprometidos com a vida espiritual, cheios de verdadeiro amor a Deus e ao próximo, livres do pecado. Nesse caso, desafios espirituais não seriam mais necessários, como não são para os anjos e santos no paraíso celeste. Na situação presente, é nossa meta tornar-nos perfeitos com a ajuda de Deus e esforço pessoal.

O apóstolo Pedro assim resume a vida cristã: "Assim, pois como Cristo sofreu na carne, armai-vos também vós deste mesmo pensamento: quem padeceu na carne, rompeu com o pecado, a fim de no tempo que lhe resta de vida mortal já não viver segundo as paixões humanas, mas segundo a vontade de Deus" (1 Pedro 4:1). Aqui, vencer o pecado é colocado ao lado da crucificação voluntária do corpo com todas as suas paixões e desejos (Gal 5:24).

Surge, então, esta elementar verdade: devido ao pecado, estado deteriorado de nossa natureza, a alma e o corpo permanecem em constante batalha. Quando o corpo está saciado, o poder espiritual declina e torna-se diminuído, fraco e sem força. Quando o homem voluntariamente controla e diminui o poder do corpo, sua força espiritual é incrementada. Antigos pensadores descobriram que tornar-se mais forte espiritualmente e rejeitar o prazer corporal imediatamente reforça a riqueza espiritual dentro de nós. O que perdemos fisicamente, ganhamos espiritualmente.

É por isso que a principal verdade contida nas escrituras é um encorajamento ao desafio. A vida de um cristão é imitar Cristo, carregando sua própria cruz e seguindo-O: "O que não toma a sua cruz e me segue não é digno de mim" (Mateus 10, 38). Quando os discípulos perguntaram a Jesus como alguém poderia se salvar, Jesus replicou: "Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois muitos tentarão, mas não conseguirão" (Lucas 13:24)... "o reinos dos céus sofre violência e são os violentos que o conquistam pela força" (Mateus 11:12; cf. Lc 13:22-30; 14:25-27; Mc 8:34-38; Jo 12:25-26); "...buscai primeiro o reino de Deus e sua justiça e tudo o mais vos será dado por acréscimo" (Mat 6:33, 6:19-34). E embora apenas sejam exemplos, essa deve ser nossa meta. "A cintura vos esteja cingida, e acesas as lâmpadas" (Lc 12:35; Mc 13:33-37); "Sejam cordiais no amor fraterno entre vós. Rivalizai em honrar-vos reciprocamente. Não relaxeis no zelo. Sede fervorosos de espírito. Servi ao Senhor. Sede alegres na esperança, pacientes na tribulação e perseverantes na oração. Socorrei as necessidades dos fiéis. Esmerai-vos na prática da hospitalidade" (Romanos 12:10-13).

Entretanto, quando falamos da necessidade de luta espiritual, devemos recordar que no cristianismo é significativo o fato de que não temos vida espiritual exceto através da imitação de Cristo. A vida espiritual pode ser obtusa, má e sombria - a "espiritualidade" dos demônios. O Hinduísmo com seu exercício de yoga nos permite crescer em "espiritualidade" e em algumas habilidades da alma; de qualquer forma os resultados são totalmente opostos a salvação da alma. O Catolicismo Romano se separou do ensinamento e da tradição apostólicos e desenvolveu seus próprio métodos de desdenhar do corpo, mas suas ações espirituais conservam uma rigidez sombria uma disciplina sem vida, legalista, longe da meta verdadeira.

O Cristianismo como imitação de Cristo é ma religião de alegria. O nervosismo, a austeridade e a tristeza contradizem o entendimento Ortodoxo da verdadeira luta. No sermão do monte, Cristo chama os homens ao reino da felicidade eterna: "Bem-aventurados são os pobres de espírito... os que padecem... os mansos" (Mateus 5). Os maiores ascetas ortodoxos sempre refletiram em si mesmos um estado de ânimo luminoso e alegre. Ao falar com São Serafim de Sarov, São Elder Ambrósio de Optina, São João de Kronstadt, Santo Herman do Alaska e outros, as pessoas sentiram paz de mente, consolo interno e felicidade. Todos os eremitas autênticos eram muito rígidos com eles mesmos, mas muito clementes a agradáveis com os outros, como devemos ser.

A chamada do alto

Ante nós está um grande objetivo - ser uma nova criação e imitar e participar de Cristo. Para consegui-lo, deve-se corrigir-se a si mesmo e destruir a obstinada vontade própria, saindo do orgulho para a humildade; da paixão à abstinência; do mal humor à gentileza e hospitalidade; do egocentrismo e da avareza para a compaixão; da desconfiança e dos ciúmes ao apoio e desejo do bem; do erro à sabedoria em Deus; da covardia e fraqueza (pusilanimidade) ao destemor e coragem; mudando tudo para melhor.

Deus nos ajuda e todas as formas. Certamente, nós também devemos participar ativamente neste nobre esforço. Há uma infinidade de obstáculos. No mínimo, nossa natureza e essência contradizem e atuam contra o modo de vida cristão. Isto nos põe nos espécie de desesperança que o Padres da Igreja chamaram de "desalento espiritual." Tal tentação a desesperar-se vem do diabo. Assim como ele tentou a Cristo, quando nosso Senhor se encontrava próximo a desfalecer, trata de tentar-nos nos momentos mais débeis de nossas vidas. Velhaco e insidioso dragão! Por isso, "vigia e orai, não aconteça que caias na tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca" (Mateus 26:41), recordando sempre que "se sofremos como Ele, haveremos de ser glorificados com Ele" (Romanos 8:17).

Rezar, participar dos serviços da Igreja, jejuar, praticar a abstinência, confissão e comungar, estudar as escrituras e outras leituras espirituais, pensar em Deus e fazer obras de caridade - tudo isto são meios necessários para nossa regeneração interna e são nosso caminho para seguir a Cristo. Porém, se esquecermos o objetivo, nossos meios produzem pouco benefício e podem transformar-se em apetrechos mortos.

Devemos apreciar a Igreja Ortodoxa e nossa união com ela, porque só ela preserva a verdade, o entendimento original e a essência do Cristianismo, ao passo que as muitas assim chamadas denominações retiraram de seu "Cristianismo" tudo o que lhes parecia externamente difícil e desagradável. Privaram-se a si mesmas e a seus seguidores da força regeneradora da fé cristã, deixando somente as aparências externas e os testemunhos "inspiradores." Para a pessoa que busca a verdadeira vida espiritual, a Ortodoxia por si mesma dá tudo do que se necessita - a graça em seus sacramentos, a experiência espiritual e a sabedoria do padres da igreja. Mesmo que nem todos sejam chamados a ser grandes vencedores, através da verdadeira fé as riquezas de Cristo estão disponíveis em abundância para todos. Com tais riquezas disponíveis para nós, é trágico que muitos, através de crenças erradas, afazeres mundanos e paixões, se desviem e larguem o progresso espiritual e a salvação.

"Levantai as mãos fatigadas e os joelhos trêmulos" (Hebreus 12:12), recordando que todo bom esforço nos aproxima de Cristo, e que cada vitória sobre a tentação é nossa vitória com Ele. Chegaremos vitoriosos àquele que disse "Tomais sobres vós meu julgo, e aprendei de mim; porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vossas almas. Porque meu jugo é suave e meu fardo é leve" (Mateus 11:29-30).

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Pároco da paróquia Axion Estin em Sorocaba e, responsável pela igreja GOC no Brasil, missionário da comunidade São João Maximovich em Curitiba e da Paroquia Nossa Senhora da Proteção na Pedreira -São Paulo SP.

"Sou um sacerdote ortodoxo e busco fiéis comprometidos com a Santa Fé, livres das heresias propagadas por aqueles que a desconhecem ou a deturpam intencionalmente. Como membro da Genuína Igreja Ortodoxa da Grécia, preservamos  fielmente a Santa Tradição e os Santos Cânones, incluindo as decisões dos Santos Concílios que anatematizam as alterações no calendário litúrgico. Seguimos a determinação do Concílio de Niceia sobre o Menaion e o Pascalion, bem como as resoluções dos Concílios Pan-Ortodoxos de 1583, 1587, 1593 e 1848."

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