Domingo de Ramos
- Paróquia Axion Estin
- 11 de fev.
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Entrada triunfal em Jerusalém
“Bendito o que vem...” é a festa de Cristo Rei - acolhido pelas crianças na sua entrada em Jerusalém, e que deve ser acolhido igualmente por cada um de nós no nosso coração. “Bendito o que vem...” - que vem não tanto do passado mas do futuro: no Domingo de Ramos acolhemos não só o Senhor que entrou em Jerusalém há muito tempo, montado num burro, mas o Senhor que vem de novo em poder e grande glória, como Rei da Idade Futura. As palmas e os ramos são abençoados depois do Evangelho das Matinas e mantidos com velas acesas durante o resto da cerimônia. Embora, em tempos, a Igreja Oriental - tal como a cristandade ocidental até aos nossos dias - realizasse uma procissão no Domingo de Ramos, esta prática caiu em desuso e não é mencionada no atual Triodion. Muito frequentemente repetido nesta festa é o sticheron que começa com: “Hoje a graça do Espírito Santo nos reuniu....” É possível ver aqui refletida a prática de Santo Eutímio, São Sabas e outros monges palestinianos dos séculos V e VI. Pouco depois da festa da Epifania, deixavam os seus mosteiros para fazer um retiro quaresmal no deserto, sozinhos ou com um companheiro, passando as semanas seguintes em silêncio e oração contínua, sem comer nada para além de raízes selvagens. Depois, no sábado à tarde da sexta semana da Quaresma, regressavam todos aos seus mosteiros para a vigília do Domingo de Ramos, a fim de celebrarem a Semana Santa juntamente com os seus irmãos. Em paróquias ortodoxas isoladas de todo o mundo ocidental, algo semelhante acontece todos os anos. Os membros dispersos da comunidade paroquial, que vivem longe da igreja e quase nunca podem assistir aos serviços noutras alturas, começam a aparecer na igreja na vigília que antecede o Domingo de Ramos e, à medida que a Semana Santa prossegue, o seu número aumenta constantemente. Tal como os monges da antiga Palestina, também nós, no século XX, podemos dizer com verdade no Domingo de Ramos: “Hoje, a graça do Espírito Santo reuniu-nos....”.
Tradução do TRIODION : Marina (Camila Tintel)





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