Sábado de Lazaro
- Paróquia Axion Estin
- 11 de fev.
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Este dia, juntamente com o Domingo de Ramos, ocupa uma posição especial entre a Quaresma e a Semana Santa. Depois dos quarenta dias de penitência que acabam de terminar, e imediatamente antes dos dias de escuridão e de luto que se seguirão na semana da Paixão, vêm dois dias de alegria e de triunfo em que a Igreja faz festa. O sábado anterior ao Domingo de Ramos celebra a ressurreição de Lázaro em Betânia (João 11, 1-46). Este milagre é realizado por Cristo para tranquilizar os seus discípulos antes da Paixão que se aproxima: eles devem compreender que, embora sofra e morra, Ele é Senhor e vencedor da morte. A ressurreição de Lázaro é uma profecia sob a forma de uma ação. É um prenúncio da ressurreição do próprio Cristo, oito dias depois, e, ao mesmo tempo, antecipa a ressurreição de todos os justos no Último Dia: Lázaro é “as primícias salvadoras da regeneração do mundo”.
Como sublinham os textos litúrgicos, o milagre de Betânia revela as duas naturezas de Cristo, o homem-Deus. Cristo pergunta onde está Lázaro e chora por ele, e assim mostra a plenitude da sua humanidade, envolvendo a ignorância humana e a dor genuína por um amigo querido. Depois, revelando a plenitude do Seu poder divino, Cristo ressuscita Lázaro dos mortos, apesar de o seu cadáver já ter começado a decompor-se e a cheirar mal. Esta dupla plenitude da divindade e da humanidade do Senhor deve ser tida em conta durante toda a Semana Santa e, sobretudo, na Sexta-feira Santa. Na Cruz, vemos uma agonia genuinamente humana, física e psíquica, mas vemos mais do que isso: vemos não só o homem sofredor, mas também o Deus sofredor.
Tradução do TRIODION : Marina (Camila Tintel)





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